Criciúma, localizada no sul de Santa Catarina, é reconhecida por ser a única cidade do estado sem registros de casos de dengue autóctones, ou seja, casos adquiridos dentro do município. Este feito notável, que se destaca em meio ao crescente número de incidências de dengue em várias regiões, é resultado de um esforço contínuo da comunidade local, autoridades de saúde e de um sistema de vigilância epidemiológica eficiente. A luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, nunca foi tão crucial, e Criciúma se tornou um exemplo de como estratégias eficazes podem prevenir a propagação dessa enfermidade tão devastadora.
O município de Criciúma alcançou esse status por meio de diversas ações integradas no combate ao mosquito. A cidade investiu fortemente na educação e conscientização da população sobre a importância de eliminar focos de água parada, que são propícios à proliferação do Aedes aegypti. A participação ativa da população foi essencial, com mutirões e campanhas educativas realizadas ao longo dos anos. O resultado disso foi uma redução significativa no número de focos do mosquito, o que evitou a ocorrência de casos de dengue dentro dos limites municipais.
Além da conscientização, o sistema de saúde de Criciúma se mostrou ágil e eficiente no controle de possíveis surtos. A vigilância sanitária realiza inspeções periódicas em locais estratégicos, identificando e tratando rapidamente os focos do mosquito. Essa estratégia é complementada por um monitoramento constante de casos suspeitos, o que permite uma resposta rápida antes que a situação se agrave. Ao manter esse controle rigoroso, a cidade conseguiu barrar a proliferação da dengue autóctone, evitando que novos casos surgissem dentro do município.
Outro ponto importante para a manutenção da ausência de casos de dengue autóctones em Criciúma é o investimento em infraestrutura de saneamento básico. A cidade tem trabalhado para garantir o tratamento adequado de esgoto e o fornecimento de água potável para toda a população, o que contribui diretamente para a redução de áreas de reprodução do mosquito. Embora a situação ainda seja desafiadora em algumas regiões do estado, Criciúma tem conseguido manter um padrão elevado de cuidados com o saneamento e a limpeza pública, fatores que são determinantes na prevenção de doenças como a dengue.
A colaboração entre as diferentes esferas de governo também tem sido crucial para o sucesso do município no controle da dengue. A prefeitura de Criciúma tem estabelecido parcerias com o governo estadual e federal para implementar programas de combate à dengue. Essas parcerias incluem o compartilhamento de recursos e informações, além de ações conjuntas para o desenvolvimento de soluções inovadoras no enfrentamento da doença. Dessa forma, Criciúma se tornou um exemplo de como a união de esforços pode fazer a diferença na luta contra epidemias.
Vale ressaltar que, mesmo com a ausência de casos autóctones, a cidade não pode relaxar em suas estratégias de prevenção. O mosquito Aedes aegypti não tem fronteiras, e os casos podem surgir a partir de pessoas que chegam de outras regiões do estado ou de outros estados. Por isso, a vigilância precisa ser constante, e as medidas preventivas, como a eliminação de focos de água e o controle de criadouros, devem ser mantidas ativamente. A conscientização contínua da população é, portanto, fundamental para a manutenção dessa situação positiva.
Com o aumento da mobilidade entre as cidades, a preocupação com a dengue em Criciúma não deve ser subestimada. O município tem se preparado para lidar com possíveis surtos, investindo em campanhas de prevenção e no treinamento de equipes de saúde para agir rapidamente. Isso inclui o uso de tecnologias de monitoramento e a coleta de dados em tempo real, facilitando a identificação precoce de focos e casos suspeitos. A rapidez e a eficiência dessas ações são determinantes para evitar que a doença se espalhe e se torne uma epidemia local.
Em um cenário onde outras cidades de Santa Catarina enfrentam surtos de dengue, Criciúma continua sendo a única cidade do estado sem casos autóctones. Esse feito, embora impressionante, exige vigilância contínua e ações constantes. O trabalho de prevenção, a colaboração entre as autoridades e a conscientização da população são elementos essenciais para garantir que o município continue livre da dengue autóctone. A cidade serve como exemplo para outras regiões, mostrando que, com planejamento, comprometimento e união, é possível prevenir a doença e proteger a saúde pública.
Autor: Ivan Kuznetsov
