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Bastidores de um tenso ambiente político em Criciúma
Com altos índices de aprovação na sua administração, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, trocou o PSDB pelo PSD e indicava levar consigo o vereador Arleu da Silveira (PSDB), que é o seu candidato à sucessão.
O que não estava no radar foi o movimento feito pelo deputado federal Ricardo Guidi (PSD), que não só se anunciou pré-candidato a prefeito como aceitou, à revelia do seu partido, cargo no governo do Estado.
Os estranhos movimentos têm gerado muitas especulações. O principal deles é que Guidi não disputa a eleição municipal pelo PSD. Que até lá sua saída da sigla seja inevitável, fato este que o deputado descarta veementemente. Os líderes do PSD silenciam sobre a eleição de 2024, num flagrante exercício de dar tempo ao tempo.
Guidi demonstra uma impressionante determinação não só ao falar sobre a ida para o governo do Estado como sobre a eleição para prefeito. Mas não tem nenhuma articulação que envolva o seu partido. Tem sim muitas conversas com a deputada federal Júlia Zanatta (PL).
Clésio Salvaro segue agendas levando consigo Arleu da Silveira e líderes do PSD como o deputado estadual Júlio Garcia. Faltam pelo menos oito meses até o primeiro movimento em que as articulações devem aparecer, que é a janela para mudança de partido do vereador Arleu da Silveira, por exemplo.
Não faltam apostas de que Guidi busque o consenso do PSD para deixar o partido sem perder o mandato parlamentar, embora este exercício não seja tão simples e que ele não trata, neste momento.
Já sobre o futuro de Clésio Salvaro, são cada vez mais frequentes as especulações de que no PSD ele forme com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, uma dobradinha à majoritária em 2026.
O fato é que em Criciúma nunca uma eleição municipal começou a ser tratada com tantas incertezas e tão cedo.