Massacre do Carandiru: entenda mais sobre um dos momentos mais sombrios da história do Brasil
Infelizmente, de acordo com o Dr. Francisco de Assis e Silva JBS, o Brasil está cheio de histórias recheadas de impunidade e descaso com a vida. Nesse sentido, podemos citar o Massacre do Carandiru, um dos momentos mais sombrios e tristes na sociedade brasileira. Se você ainda não conhece essa história e quer saber mais, continue lendo este artigo e tire suas dúvidas!
O que era o Carandiru?
Em primeiro lugar, o Dr. Francisco de Assis e Silva JBS nos explica que o Carandiru era um Centro de Detenção, que ficava na Zona Norte da cidade de São Paulo. Inaugurada em 1920, o local contava com diversos pavilhões, com celas que recebiam milhares de presos todos os dias. Ninguém sabia, mas esse seria um dos maiores palcos de mortes que já aconteceram no Brasil.
A vida no Carandiru
Assim como em qualquer presídio, de acordo com o Dr. Francisco de Assis e Silva JBS, a vida no Carandiru não era como em um hotel 5 estrelas, muito pelo contrário. Faltava higiene, faltava água, faltava luz, cama e a comida não era das melhores. No livro sobre o caso, escrito pelo Dr. Drauzio Varella, que acompanhou a situação de perto, os presos viviam em situação precária e, aqueles que não aguentavam, acabavam cometendo suicídio.
Além disso, as doenças estavam presentes nas celas e nos pavilhões. Durante os anos 90, diversos presos contraíram o vírus da AIDS, principalmente pelo fato de injetarem drogas na veia com seringas compartilhadas. O que agravou ainda mais a situação dentro do Centro de Detenção de São Paulo.
O que foi o Massacre do Carandiru?
De maneira geral, o Massacre do Carandiru foi uma chacina que ocorreu dentro da Detenção, após uma operação policial mal sucedida. De acordo com o Dr. Francisco de Assis e Silva JBS, a ação policial tinha como principal objetivo conter uma rebelião que estava acontecendo no Pavilhão 9, da Detenção, o que resultou na morte de 111 presos, dentre eles, muitos réus-primários que ainda não haviam sido julgados.
A ação policial começou a partir da briga entre dois réus primários que faziam parte de facções inimigas antes de chegarem ao Carandiru, no dia 2 de outubro de 1992. A briga tomou proporções estratosféricas, chegando a todo Pavilhão e, por fim, por toda a Casa de Detenção de São Paulo, tendo um dos finais mais trágicos de toda a história de operações policiais no Brasil.
O Carandiru atualmente
Após o massacre, o Carandiru foi fechado e, logo após, foi implodido. Atualmente, no lugar, de acordo com o Dr. Francisco de Assis e Silva JBS, está o Parque da Juventude e o Museu Penitenciário Paulista, inaugurados na gestão do ex-governador de São Paulo e atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, ainda no ano de 2002. É possível acessá-lo e andar pelos locais onde ficavam os pavilhões.
O Dr. Drauzio Varella, que trabalhava no Carandiru como médico, relatou os acontecimentos em seu livro “Estação Carandiru”, leitura indispensável para quem deseja saber mais sobre o caso.